sábado, 26 de janeiro de 2008

Prisioneiro



PRISIONEIRO


Prisioneiro ficaste
em teu próprio casulo.

Os fios de seda
que um a um fiaste
parecem-te de ferro
como as grades de uma jaula.
Tu és a fera
que julga sempre fraca
a sua força.

Quando será o dia
em que para além do sonho
e da latência amorfa e inibida
reviverás liberto
em borboleta alada e leve
sem rumo certo mas amando a vida
espreguiçando-te
ao sorvê-la gota a gota?


Poema de :
Orlando Caetano

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando estamos prisioneiros de algo...fechamo-nos dentro dentro nós mesmo, tornamo-nos poucos receptivos. Cada um de nós procura viver intensamente o que a vida tem para nos oferecer mas nem sempre assim acontece. É o retrato de fases da nossa vida.

Ana